A DeepMind, empresa líder em IA, desenvolveu a ferramenta GnoME, que descobriu mais de 2,2 milhões de novas estruturas de cristais. Esse avanço representa um marco significativo na ciência dos materiais, pois é mais de 45 vezes o número total de substâncias descobertas ao longo da história da ciência.
Essas novas descobertas têm o potencial de impactar positivamente diversos produtos e tecnologias atuais. A equipe da DeepMind planeja compartilhar as 381 mil estruturas de materiais mais promissoras com a comunidade científica, a fim de que possam ser produzidas e testadas por cientistas em todo o mundo. Espera-se que esses materiais tragam melhorias significativas em áreas como a produção de células solares e a criação de supercondutores.
Ekin Dogus Cubuk, co-autor do estudo, ressalta a importância da ciência dos materiais, afirmando que a utilização de materiais melhores pode aprimorar praticamente qualquer tecnologia. Os novos compostos descobertos podem ser aplicados em materiais de camadas versáteis e no desenvolvimento de computação neuromórfica, que replica o funcionamento do cérebro humano. Equipes de pesquisadores de universidades renomadas, como a Universidade da Califórnia e Berkeley, já estão utilizando parte dessas descobertas em seus trabalhos.
Os pesquisadores da DeepMind utilizaram computação, dados históricos e aprendizado de máquina para orientar um laboratório autônomo, o A-Lab, onde foram descobertos 41 novos compostos, com uma taxa de sucesso de 70%. Gerbrand Ceder, co-autor do estudo, destaca que a verdadeira inovação está na integração de várias fontes de conhecimento e dados para conduzir a síntese de forma mais inteligente. Esse avanço teórico possibilitado pela IA permite economizar anos de tentativas e erros, além de processos dispendiosos na descoberta de novos materiais.”