Esclerose múltipla: Desvendando a doença e explorando novas terapias

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A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune crônica que afeta o sistema nervoso central, causando danos à bainha de mielina, a capa protetora que envolve as fibras nervosas. Essa desmielinização interfere na comunicação entre o cérebro, medula espinhal e outras partes do corpo, resultando em uma variedade de sintomas neurológicos (Abreu Rodrigues & Oh, 2021).

A EM é uma condição complexa com diferentes subtipos, cada um com características distintas. A forma remitente-recorrente (EMRR) é a mais comum, caracterizada por períodos de surtos (exacerbações) seguidos por períodos de remissão (melhora dos sintomas). No entanto, cerca de metade dos pacientes com EMRR evoluem para a forma secundariamente progressiva (EMSP), na qual a doença progride de forma gradual, com ou sem surtos (Abreu Rodrigues & Oh, 2021).

Embora a causa exata da EM ainda seja desconhecida, acredita-se que a doença seja desencadeada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais. A predisposição genética, associada a fatores como infecções virais, deficiência de vitamina D e tabagismo, pode aumentar o risco de desenvolver a doença (Abreu Rodrigues & Oh, 2021).

O diagnóstico da EM é um processo multifacetado que envolve a avaliação clínica dos sintomas, histórico médico e exames complementares, como a ressonância magnética. A ressonância magnética é fundamental para identificar lesões na substância branca do cérebro e da medula espinhal, características da desmielinização (Abreu Rodrigues & Oh, 2021).

O tratamento da EM visa controlar os surtos, retardar a progressão da doença e aliviar os sintomas. Corticosteroides são frequentemente utilizados para reduzir a inflamação durante os surtos, enquanto terapias modificadoras da doença, como o interferon-beta, podem ajudar a prevenir novos surtos e retardar a progressão da doença (Abreu Rodrigues & Oh, 2021).

Além das terapias convencionais, novas abordagens terapêuticas estão sendo investigadas, incluindo o uso de células-tronco hematopoiéticas e o lítio. O transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas tem demonstrado resultados promissores em pacientes com EM agressiva, enquanto o lítio, um medicamento utilizado no tratamento do transtorno bipolar, tem sido estudado por seus potenciais efeitos neuroprotetores (Abreu Rodrigues & Oh, 2021).

Em suma, a EM é uma doença desafiadora que afeta a qualidade de vida de milhões de pessoas em todo o mundo. A compreensão dos mecanismos da doença e o desenvolvimento de novas terapias são cruciais para melhorar o prognóstico e a qualidade de vida dos pacientes com EM. (Abreu Rodrigues, F., & Oh, H. (2021). Esclerose múltipla e tratamentos. Multiple Sclerosis, 4(2), 10.)

Referência:

Abreu Rodrigues, F., & Oh, H. (2021). Esclerose múltipla e tratamentos. Multiple Sclerosis, 4(2), 10. https://doi.org/10.38087/2595.8801.106

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