A encefalite equina oriental (EEE) é uma doença viral grave que causa inflamação no cérebro, com potencial para danos neurológicos significativos. O vírus da EEE tem um tropismo particular pelo sistema nervoso central, afetando principalmente o cérebro e a medula espinhal.
Regiões e Sub-regiões Cerebrais Atingidas
- Córtex Cerebral: O córtex cerebral, responsável por funções cognitivas superiores como pensamento, memória e percepção, pode ser afetado, resultando em confusão mental, alterações de personalidade e dificuldades de aprendizado.
- Gânglios da Base: Os gânglios da base, envolvidos no controle motor e na aprendizagem de habilidades, podem ser danificados, levando a tremores, movimentos involuntários e dificuldades de coordenação.
- Tálamo: O tálamo, que atua como um centro de retransmissão de informações sensoriais e motoras, pode ser afetado, causando alterações sensoriais, como dormência ou formigamento, e dificuldades motoras.
- Tronco Encefálico: O tronco encefálico, responsável por funções vitais como respiração e batimentos cardíacos, pode ser comprometido, levando a dificuldades respiratórias, alterações da frequência cardíaca e, em casos graves, coma e morte.
Neurotransmissores Afetados
A inflamação causada pelo vírus da EEE pode levar a um desequilíbrio nos neurotransmissores, substâncias químicas que permitem a comunicação entre os neurônios. Alguns dos neurotransmissores que podem ser afetados incluem:
- Dopamina: A dopamina, envolvida no controle motor, na motivação e no sistema de recompensa, pode ser reduzida, resultando em tremores, dificuldades de movimento e apatia.
- Serotonina: A serotonina, que regula o humor, o sono e o apetite, pode ser afetada, levando a alterações de humor, como depressão e ansiedade, distúrbios do sono e mudanças no apetite.
- Glutamato: O glutamato, um neurotransmissor excitatório importante, pode ser liberado em excesso durante a inflamação, causando excitotoxicidade e danos neuronais.
- GABA: O GABA, um neurotransmissor inibitório, pode ser reduzido, levando a uma maior excitabilidade neuronal e convulsões.
Biologia do Mosquito Vetor
O vírus da EEE é transmitido principalmente por mosquitos do gênero Culex. Esses mosquitos se reproduzem em áreas úmidas, como pântanos, brejos e áreas inundadas. As fêmeas se alimentam de sangue para obter os nutrientes necessários para a produção de ovos. Durante a alimentação, elas podem adquirir o vírus da EEE de aves infectadas e, posteriormente, transmiti-lo a cavalos, humanos e outros mamíferos suscetíveis.
Pormenores da Biologia do Mosquito
- Ciclo de Vida: Os mosquitos Culex passam por quatro estágios de desenvolvimento: ovo, larva, pupa e adulto. O ciclo de vida completo pode levar de 7 a 10 dias, dependendo da temperatura e da disponibilidade de alimento.
- Hábito Alimentar: As fêmeas se alimentam de sangue, enquanto os machos se alimentam de néctar e sucos de plantas. A alimentação sanguínea é essencial para a produção de ovos.
- Comportamento: Os mosquitos Culex são mais ativos ao entardecer e ao amanhecer, quando as temperaturas são mais amenas. Eles são atraídos pela luz, pelo calor e pelo dióxido de carbono exalado pelos animais.
- Distribuição: Os mosquitos Culex são encontrados em todo o mundo, em áreas com clima temperado e tropical.
Prevenção
A prevenção da EEE envolve medidas para reduzir a população de mosquitos vetores, como a eliminação de criadouros, o uso de repelentes de insetos e o uso de roupas protetoras. A vacinação de cavalos também é uma medida importante para prevenir a doença em animais e reduzir o risco de transmissão para humanos.