A realidade de um Efeito Borboleta na Neurociência e Saúde Mental está na iminência, através da inédita descrição clínica da geração Z. O efeito borboleta é um conceito científico que se refere à teoria do caos e que indica que pequenas alterações podem ter consequências significativas no decorrer do tempo. Um caso intrigante que envolve a neurociências e a Medicina, é a situação atual do fenômeno Z, esta que é um conjunto de disfunções epigenéticas e neuro desadaptativas, descrita pelo médico cirurgião, neuropsiquiatria e pesquisador de neurociências Mário Luiz Furlanetto Junior, CRM-SP:134.606, em 2022.
Semelhante ao caso de Joseph Goldberg, em 1916, que descobriu a origem etiológica do Pelagra e mudou o paradigma entre os médicos da época. Como toda descoberta, sempre há dúvidas e preconceito que são naturais pela resistência da mudança. Sobre o fenômeno Z na neurociência, há uma organização clínica dos comportamentos dependentes de neurobiologia, que foram publicados em oito artigos pelo médico pesquisador, e não mereceram o valor devido, embora são publicações de pesquisas voluntárias, sem a presença do academicismo. Mas foi na luta prática e na ciência tradicional de observação clínica, assim como todas as descobertas relacionadas as doenças, que foi identificada o fenômeno clínico Z.
O primeiro artigo publicado foi em 2021, junto ao grupo multiprofissional que realizava um trabalho voluntário, em uma Comunidade Terapêutica para dependentes químicos, porém trabalhavam especificamente com abordagem do conceito de Recaída, com atualização de novos achados de neurobiologia e neuro genética. É uma pesquisa de metodologia com mini revisão bibliográfica, de caráter secundário (organização de conceitos já apresentados na ciência) associado ao empirismo clínico.
Os artigos publicados subsequentes também apresentam caráter secundário, e organização clínica com dados acumulados de neurobiologia associados aos dados clínicos dos efeitos nocivos da adversidade no neuro desenvolvimento infantil. Entretanto, apresenta uma situação inédita, pois gerou uma face de caráter primário, como exemplo os artigos de Uso de substâncias secundárias ao fenômeno Z, descrito como um conjunto delimitado nos comportamentos disfuncionais no meio familiar.
O termo ´´Medicina Dialética´´ foi utilizado em outro artigo publicado em 2022, como uma especialidade passageira, pois segundo o médico, esta evoluirá com a reestruturação da medicina da adição, e talvez desapareça. Outra situação interessante é o sistema de metodologia de pesquisa clínica que publicou com o título de stakehold ZXSY, em analogia ao stakehold norte americano Rdoc ,que apresenta como objetivo, realizar a estruturação das psicopatologias. De fato, os artigos auxiliam nesse objetivo, com a atualização do fenômeno Z , em suas últimas publicações de 2023, apresentando o conjunto de Oito Neuro disfunções Comuns (ONCs), e sugere um novo alvo de saúde mental a ser combatido com objetividade.
Atualmente, o CPAH integrou esses achados em suas pesquisas, e já iniciou o desenvolvimento de novos estudos, e cursos de conhecimentos específicos, pois acredita no potencial real da quebra de paradigma e evolução na saúde mental, que atualmente está desorganizada.
Evidentemente mais pesquisas e investigações serão necessárias. Se refletirmos segundo a responsabilidade profissional nas áreas da saúde mental , o fenômeno Z pode tem potencial real para gerar um Efeito Borboleta, pois novas medidas de prevenção e terapêutica com foco nesse novo alvo clínico pode melhorar o bem estar e a saúde de muitas famílias e crianças.
Redatora de neurociências do CPAH, Raysa Cristina de Almeida Castro