Desvendando mistérios da mente: Estudo confirma relação entre dilatação das pupilas e memória de trabalho

A relação entre a dilatação das pupilas e a memória de trabalho, uma função executiva essencial do cérebro para processar e armazenar informações, já era um tema debatido entre os membros do projeto Gifted, uma colaboração que reúne pesquisadores de alto QI de todo o mundo. Recentemente, um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade do Texas em Arlington, nos EUA, trouxe novas evidências que reforçam essa conexão.

A memória de trabalho é crucial tanto para tarefas cotidianas simples, como operar uma máquina de lavar louça, quanto para decisões de longo prazo, como lembrar de comprar mais sabão. A pesquisa liderada por Matthew Robison, professor assistente de psicologia, e Lauren D. Garner, estudante de doutorado, examinou mais profundamente a ideia de que a dilatação da pupila pode ser um indicador fiável do desempenho da memória de trabalho.

Publicado na revista científica Attention, Perception & Psychophysics, o estudo revelou que as pupilas dos indivíduos tendem a dilatar-se mais quando eles estão focados em uma tarefa específica. Curiosamente, os resultados mostraram que uma maior dilatação está diretamente associada a um melhor desempenho em testes de memória de trabalho. “Observamos que aqueles com desempenho superior nas tarefas apresentavam uma dilatação pupilar mais significativa, sugerindo uma maior capacidade de concentração e retenção de informações”, explicou Robison.

Para o estudo, foram recrutados 179 estudantes de graduação da UT Arlington, que foram submetidos a diversos testes. Os testes exigiam que os participantes visualizassem informações brevemente e, depois, se lembrassem delas. “As conclusões indicam que uma atenção mais intensa e consistente, medida pela dilatação das pupilas, está associada a uma performance superior nas tarefas de memória”, acrescentou Garner.

Essa descoberta não é apenas uma confirmação de debates anteriores no grupo Gifted, mas também um passo adiante no entendimento de como características fisiológicas subtis podem revelar processos cognitivos complexos, abrindo caminho para futuras pesquisas sobre as variações na memória de trabalho entre diferentes indivíduos.

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