Cosméticos não devem ser tratados como placebo

Por Daniela Lopez

Como pesquisadora e cosmetóloga sempre estudei e analisei o uso de substâncias químicas e biológicas para potencializar os resultados de cosméticos de forma segura e eficiente para o consumidor, no entanto, também é importante ressaltar a importância do aspecto do produto.

É sobre isso que se debruça o artigo “Influência da cor nas propriedades físico-químicas e sensoriais de cosmético hidratante”, publicado pela Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, que analisou a produção de um creme hidratante e os efeitos das diferentes cores utilizadas no produto na percepção dos consumidores.

O estudo indica que além de ajudar o produto em questões mercadológicas, a escolha assertiva de cores, texturas e consistências colabora em grande parte para a percepção de resultados dos cosméticos.

Apesar de reconhecer e concordar que as características visuais de um cosmético são importantes para estimular respostas sensoriais positivas pelos consumidores, também reforço que é perigoso se apoiar apenas nesses aspectos para desenvolver um produto pois isso colabora para deixar de lado os efeitos reais do cosmético, como princípios-ativos, elementos, conservação, etc.

É importante ter cuidado para que os cosméticos não sejam tratados como placebo, onde a percepção do usuário sobre seus benefícios e efeitos é a responsável por resultados artificiais, é fundamental que esses produtos sejam baseados em eficácia comprovada, testes científicos e processos muito bem delineados.

Sobre Daniela Lopez
Cosmetóloga, graduada em Estética e Cosmetologia pela Universidade Braz Cubas, técnica em Estética Facial e Corporal pelo SENAC. Especialista em estética e cosmetologia avançada UNIFESP.

Membro do comitê científico internacional de estética e Cosmetologia, Instrutora do Treinamento de Anatomia em Cadáveres Fresh Frozen, Diretora da Fesesp – Federação de Serviços e Confederação Nacional de Serviços.

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