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Desvendando os Mistérios da Psicopatologia na Era Pós-Genômica

A complexidade dos fenótipos psicopatológicos, influenciados por múltiplos genes com efeitos individuais pequenos, explica essa lentidão.

por Redação CPAH

A era pós-genômica promete revolucionar a pesquisa em psicopatologia, com o mapeamento completo dos 3 bilhões de pares de bases de DNA do genoma humano e suas variações. Essa promessa reside na capacidade de identificar genes associados à psicopatologia, o que permitirá uma compreensão mais profunda das influências genéticas no comportamento. (Plomin & McGuffin, 2003)

Apesar do otimismo inicial, o progresso na identificação desses genes tem sido mais lento que o esperado. A complexidade dos fenótipos psicopatológicos, influenciados por múltiplos genes com efeitos individuais pequenos, explica essa lentidão. No entanto, avanços significativos foram alcançados na identificação de genes relacionados à demência, dificuldades de leitura e hiperatividade. (Plomin & McGuffin, 2003)

O futuro da pesquisa genética reside na genômica funcional, desvendando o funcionamento dos genes. Duas abordagens complementares se destacam: a genômica funcional, com foco nos mecanismos moleculares, e a genômica comportamental, que investiga as vias entre genes e comportamento no nível psicológico. (Plomin & McGuffin, 2003)

A genômica funcional utiliza técnicas como manipulação genética, análise de expressão gênica e proteômica. A manipulação genética, por meio de nocautes e knock-ins de genes em modelos animais, permite estudar o impacto da alteração genética no comportamento. A análise de expressão gênica, utilizando microarrays, identifica genes que respondem a eventos específicos, como a exposição ao álcool. A proteômica, por sua vez, estuda as proteínas produzidas pelos genes, revelando sua função e interação. (Plomin & McGuffin, 2003)

A genômica comportamental, por outro lado, adota uma abordagem top-down, investigando como os efeitos genéticos interagem com a experiência, influenciam o desenvolvimento e contribuem para a heterogeneidade e comorbidade entre transtornos. (Plomin & McGuffin, 2003)

Com a crescente acessibilidade da coleta de DNA, a pesquisa em psicopatologia será transformada. A inclusão rotineira de informações genéticas em estudos psicológicos permitirá análises mais precisas e personalizadas. (Plomin & McGuffin, 2003)

A busca por genes associados à psicopatologia tem se concentrado em métodos de ligação e associação. A ligação examina a cotransmissão de marcadores de DNA e genes de transtornos dentro de famílias. A associação, por outro lado, investiga a correlação entre um alelo específico e uma característica na população. (Plomin & McGuffin, 2003)

Embora a ligação seja eficaz na identificação de transtornos monogênicos raros, como a doença de Huntington, a associação mostra-se mais poderosa na detecção de QTLs (loci de características quantitativas) com efeitos menores, comumente associados à psicopatologia. (Plomin & McGuffin, 2003)

A pesquisa em QTL visa identificar múltiplos genes que contribuem para a variabilidade de um traço, como a predisposição a transtornos. No entanto, a identificação de todos os genes envolvidos em um traço complexo é improvável devido à dificuldade em detectar genes com efeitos muito pequenos ou não aditivos. (Plomin & McGuffin, 2003)

O sucesso da descoberta do gene APOE como fator de risco para demência tardia ilustra o potencial da pesquisa em QTL. O APOE-4, um alelo específico do gene APOE, aumenta o risco de demência, embora não seja uma condição necessária ou suficiente para o desenvolvimento da doença. (Plomin & McGuffin, 2003)

Avanços promissores também foram alcançados na identificação de genes relacionados ao autismo e dificuldades de leitura, como a ligação no cromossomo 7 para o autismo e no cromossomo 6 para dificuldades de leitura. (Plomin & McGuffin, 2003)

A pesquisa em comunicação e retardo mental também tem se beneficiado da era pós-genômica. A descoberta do gene FOXP2, associado a um tipo raro de retardo mental com prejuízo na linguagem, e a identificação de genes relacionados à hiperatividade e alcoolismo, como o gene ALDH2

2 que protege contra o alcoolismo em populações asiáticas, demonstram o progresso nessa área. (Plomin & McGuffin, 2003)

Em suma, a era pós-genômica oferece uma oportunidade sem precedentes para desvendar a complexa relação entre genes e psicopatologia. A identificação de genes, combinada com a compreensão de seu funcionamento, promete revolucionar a pesquisa e o tratamento em saúde mental nas próximas décadas. (Plomin & McGuffin, 2003)

Referência:

Plomin, R., & McGuffin, P. (2003). Psicopatologia na era pós-genômica. Annual Review of Psychology, 54(1), 205-228. doi: 10.1146/annurev.psych.54.101601.145108

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