A dor neuropática, uma condição debilitante resultante de lesões ou disfunções do sistema nervoso, tem desafiado a medicina tradicional devido à sua resistência aos tratamentos convencionais. No entanto, a pesquisa com células-tronco tem emergido como uma potencial solução inovadora.
As células-tronco, com sua notável capacidade de se diferenciar em diversos tipos celulares, têm demonstrado resultados promissores no alívio da dor neuropática em modelos animais. Estudos pré-clínicos (FRANCHI et al., 2014) indicam que o transplante de células-tronco de diferentes origens pode modular os mecanismos subjacentes à dor neuropática, proporcionando alívio rápido e duradouro.
A pesquisa tem explorado diferentes tipos de células-tronco, incluindo células-tronco neurais, mesenquimais e derivadas do cordão umbilical, com resultados promissores em modelos animais de lesão da medula espinhal e neuropatia diabética (DU et al., 2019; HWANG et al., 2016; XU et al., 2013; YOUSEFIFARD et al., 2016). A capacidade dessas células de se diferenciar em neurônios, modular a resposta inflamatória e secretar fatores neurotróficos contribui para seus efeitos terapêuticos.
Apesar dos avanços promissores, a terapia com células-tronco para dor neuropática ainda enfrenta desafios. A padronização dos protocolos de tratamento, incluindo a fonte de células, dosagem e local de administração, é crucial para garantir a segurança e eficácia da terapia. Além disso, a compreensão dos mecanismos precisos pelos quais as células-tronco exercem seus efeitos terapêuticos é essencial para o desenvolvimento de terapias mais eficazes.
Em suma, as células-tronco representam uma nova fronteira no tratamento da dor neuropática, oferecendo esperança para pacientes que sofrem com essa condição debilitante. A pesquisa contínua e o desenvolvimento de protocolos clínicos rigorosos são essenciais para que essa terapia promissora se torne uma realidade clínica.
Referência:
RODRIGUES, F. A; CARVALHO, L. F. C. Células-tronco no tratamento da dor. Recisatec – Revista Científica Saúde e Tecnologia, v. 2, n. 7, 2022.
Foto de Mariia Shalabaieva na Unsplash