A fadiga, um sintoma prevalente na sociedade moderna, tem sido objeto de crescente interesse na área da neurociência. Embora frequentemente associada ao cansaço físico, a fadiga também pode ser desencadeada por fatores psicológicos e neurológicos.
Estudos recentes têm explorado a relação entre a fadiga, a dependência de dopamina e as disfunções neuronais. A dopamina, um neurotransmissor essencial para o sistema de recompensa do cérebro, desempenha um papel crucial na motivação, no prazer e na regulação do humor. A dependência de dopamina, caracterizada pela busca constante por atividades prazerosas para estimular a liberação desse neurotransmissor, pode levar a um desequilíbrio no sistema de recompensa e contribuir para o desenvolvimento da fadiga.
Além disso, as disfunções neuronais, como a inflamação do sistema nervoso central e a desregulação do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA), têm sido associadas à fadiga crônica. O cortisol, um hormônio liberado em resposta ao estresse, desempenha um papel importante na regulação do sistema imunológico e na resposta do corpo ao estresse. No entanto, níveis elevados de cortisol podem levar a um desequilíbrio hormonal e contribuir para o desenvolvimento da fadiga.
A pesquisa neurocientífica busca compreender os mecanismos subjacentes à fadiga e desenvolver estratégias eficazes para seu tratamento. A identificação dos neurotransmissores e hormônios envolvidos na fadiga, como a dopamina e o cortisol, pode abrir caminho para novas terapias que visem restaurar o equilíbrio químico do cérebro e promover o bem-estar físico e mental.
Referência:
RODRIGUES, Fabiano de Abreu. Relação entre a fadiga, dependência de dopamina com as disfunções neuronais. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v. 6, n. 11, p. 85183-85194, nov. 2020. ISSN 2525-8761.
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