A proteína Tau e sua importância nas doenças neurodegenerativas

A proteína Tau, pertencente à família de proteínas associadas aos microtúbulos (MAP), desempenha um papel crucial na estabilização dos microtúbulos neuronais pela agregação da tubulina. A hiperfosforilação dessa proteína, fundamental para o controle da dinâmica dos microtúbulos durante o desenvolvimento neuronal, tem sido associada a diversas doenças neurodegenerativas.

Estudos recentes têm demonstrado que a hiperfosforilação da proteína Tau pode levar à formação de agregados neurofibrilares, emaranhados de proteínas que prejudicam o funcionamento neuronal. Esses agregados, juntamente com as placas amiloides, são características patológicas marcantes da doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência. (AGRELA RODRIGUES; OH, 2022)

A formação desses agregados pode bloquear o transporte axonal de proteínas essenciais para a sobrevivência neuronal, como as proteínas neurotróficas. Além disso, a hiperfosforilação da Tau pode comprometer a comunicação sináptica e levar à morte celular programada (apoptose). (AGRELA RODRIGUES; OH, 2022)

As implicações da proteína Tau na neurodegeneração vão além da doença de Alzheimer. Outras tauopatias, como a demência frontotemporal e a paralisia supranuclear progressiva, também apresentam agregados neurofibrilares como característica patológica. (AGRELA RODRIGUES; OH, 2022)

Compreender os mecanismos moleculares envolvidos na hiperfosforilação da proteína Tau e sua relação com a formação de agregados neurofibrilares é crucial para o desenvolvimento de terapias eficazes para as doenças neurodegenerativas. Atualmente, diversas pesquisas estão em andamento, explorando estratégias para inibir a hiperfosforilação da Tau, promover a degradação dos agregados e proteger os neurônios da morte celular. (AGRELA RODRIGUES; OH, 2022)

Referência:

AGRELA RODRIGUES, F. de A.; OH, H. Proteína tau e as doenças neurodegenerativas. Ciencia Latina Revista Científica Multidisciplinar, v. 6, n. 1, p. 3355-3364, 2022.

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