A inteligência é genética? 

A ciência ainda não definiu qual o percentual exato da inteligência que pode ser atribuído à genética em comparação ao ambiente. Estimativas variam, sugerindo que entre 50% a 80% da inteligência pode ser genética. Com base no relatório GIP, concluo, por enquanto, que qualquer um desses percentuais pode ser válido, dependendo do indivíduo. Existe um padrão homeostático que pode ser entendido de forma ambígua, utilizando o coeficiente angular. Uma pessoa com uma alta predisposição genética para um QI elevado tem um limite num gráfico relativo aos genes associados a um QI alto. Neste caso, o impacto do ambiente torna-se menor.

Baseado nesse padrão, podemos identificar diferentes tipos de casos. A elasticidade do fator ambiental depende dos fatores poligênicos e das variantes sentinelas; é multifatorial e complexo, mas possível de determinar. Existem também fatores compensatórios, genes que influenciam outras regiões e auxiliam na expressão genética. Existem SNPs potentes que influenciam a superdotação.

Portanto, em um exemplo hipotético, uma pessoa pode ter 80% de predisposição genética e não explorar tanto os fatores ambientais devido aos limites impostos pelas nuances genéticas. Em contraste, um indivíduo com 60% de predisposição genética pode ter uma maior capacidade de explorar o ambiente. Mas, como mencionei, isso depende de muitos fatores. É necessário um entendimento profundo da genética para interpretar corretamente essas variáveis.

A questão é que há variantes sentinelas relacionadas à superdotação, sendo essa a minha principal área de pesquisa. Uma dessas variantes está no gene ADAM12.

Um fator importante é que genes que codificam variantes propensas a maior inteligência atuam como propulsores, com os fatores ambientais servindo como adicionais para a evolução.

Por exemplo, imagine um jogo de vídeo game com o mesmo cenário, o mesmo carrinho e a mesma pessoa a jogar. No caminho, há frutas, carnes, saltos e velocidade que somam pontos e desenvolvimento cerebral. Se o jogador tiver um desempenho melhor em uma partida do que em outra, obterá melhores resultados.

Ou seja, um gene mais propenso à inteligência encontrará nos fatores ambientais mais estímulos para aumentar a inteligência. A própria curiosidade como fator primário resultará em mais buscas por maior inteligência.

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