A relação entre nutrição e função cognitiva tem sido objeto de crescente interesse científico. A literatura sugere que a ingestão de determinados nutrientes pode influenciar a memória, o aprendizado e a cognição de forma geral.
Em particular, ácidos graxos ômega-3, vitaminas do complexo B, ferro, nitratos e carboidratos têm sido associados a um melhor desempenho cognitivo e à prevenção do declínio cognitivo relacionado à idade. O ômega-3, por exemplo, desempenha um papel importante na comunicação entre os neurotransmissores, fortalecendo a memória e a concentração (BOS et al., 2015). As vitaminas do complexo B contribuem para o desenvolvimento neuronal e facilitam a comunicação entre os neurotransmissores (CHEW et al., 2015). O ferro, por sua vez, é essencial para a oxigenação do sangue no cérebro, melhorando a disposição e o funcionamento cognitivo.
Além disso, estudos têm demonstrado que uma alimentação rica em frutas, legumes, verduras, oleaginosas, grãos integrais, cereais, peixes e leguminosas está associada a um melhor desempenho cognitivo e a um menor risco de desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer (COLEY et al., 2015).
No entanto, é importante ressaltar que a nutrição é apenas um dos fatores que influenciam a função cognitiva. Outros fatores, como o estilo de vida, o estresse, a interação social e a genética também desempenham um papel importante. Portanto, uma abordagem multidisciplinar, que inclua aconselhamento dietético individualizado, é fundamental para promover a saúde cerebral e prevenir o declínio cognitivo.
Referência:
BORGES, Daniele Sarpa; RODRIGUES, Fabiano de Abreu. Processo de nutrição para uma melhor memorização. CPAH Science Journal of Health, v. 2, n. 2, p. 55-61, 2019.