A importância da clínica de saúde do sistema familiar na promoção da harmonia e resiliência familiar

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A dinâmica familiar contemporânea enfrenta desafios significativos que ameaçam sua integridade e funcionalidade. O artigo “Perspectivas de la Clínica de Salud del Sistema Familiar” de James Yhon Robles Pinto e Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, publicado na revista Cognitiones (2023), oferece uma análise detalhada sobre como intervenções sistêmicas podem promover a saúde e a resiliência familiar em face das crescentes crises psicosociais.

Diagnóstico e Intervenção no Sistema Familiar

A Clínica de Saúde do Sistema Familiar foi estabelecida com o objetivo de diagnosticar e intervir em estruturas familiares, compreendendo as suas funções e regras. O diagnóstico preciso das dinâmicas familiares permite a aplicação de técnicas e estratégias específicas para cada caso, promovendo a harmonia entre os subsistemas familiares. Este método sistêmico-relacional busca reestruturar o sistema familiar através de programas de intervenção que incluem educação familiar, diagnóstico da saúde do sistema familiar e intervenção sistêmica em níveis individual, de casal, familiar e multifamiliar (Robles Pinto & Rodrigues, 2023).

Níveis de Intervenção

Os programas de intervenção são executados em múltiplos níveis, visando capacitar equipes replicadoras dos protocolos de treinamento e oferecer serviços de prevenção, diagnóstico e intervenção. A capacitação de profissionais é fundamental para a eficácia do programa, garantindo que eles possuam habilidades para realizar diagnósticos precisos e intervenções eficazes. Esses profissionais incluem educadores familiares, psicólogos, assistentes sociais e outros especialistas que trabalham diretamente com as famílias (Robles Pinto & Rodrigues, 2023).

Acompanhamento e Desenvolvimento Familiar: Este nível envolve a capacitação de assessores familiares para fornecer suporte contínuo às famílias em risco, promovendo a integração e o desenvolvimento dos subsistemas familiares. A metodologia utilizada visa fortalecer as capacidades econômicas e emocionais das famílias, facilitando a transição através dos ciclos de vida familiar (Robles Pinto & Rodrigues, 2023).

Educação Familiar Sistêmica: Neste nível, educadores familiares trabalham diretamente com famílias para melhorar suas habilidades parentais e promover estilos de vida saudáveis. As intervenções incluem a elaboração de projetos de vida familiar e a introdução de técnicas adaptativas para enfrentar mudanças e crises (Robles Pinto & Rodrigues, 2023).

Diagnóstico da Saúde do Sistema Familiar: Utilizando instrumentos específicos, como genogramas e ecogramas, os profissionais avaliam o estado atual das dinâmicas familiares. Este diagnóstico permite a identificação de problemas e potencialidades, orientando as ações de promoção da saúde e prevenção de doenças (Robles Pinto & Rodrigues, 2023).

Intervenção Sistêmica em Famílias: A terapia familiar sistêmica aborda problemas gerados no contexto das relações familiares, buscando gerar mudanças positivas nas interações. Este método eficaz considera o sistema familiar como um todo, intervindo nos padrões de interação para produzir mudanças significativas (Robles Pinto & Rodrigues, 2023).

Modelos de Supervisão: A supervisão contínua dos profissionais envolvidos nas intervenções é crucial para garantir a qualidade do atendimento. Este processo reflexivo e de autocuidado ajuda a aprimorar as competências dos profissionais, permitindo ajustes e melhorias nas técnicas utilizadas (Robles Pinto & Rodrigues, 2023).

Conclusão

A abordagem sistêmica e multidisciplinar proposta pela Clínica de Saúde do Sistema Familiar demonstra ser uma estratégia eficaz para enfrentar as crises familiares contemporâneas. Ao capacitar profissionais e implementar programas de intervenção específicos, é possível promover a resiliência e a harmonia nas famílias, contribuindo para o fortalecimento do núcleo fundamental da sociedade.

Referência:

RODRIGUES, F. de A. A., & ROBLES PINTO, J. Y. (2023). Perspectivas de la Clínica de Salud del Sistema Familiar. Cognitiones, 6(1), 130-144. DOI: 10.38087/2595.8801.182.

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