Início Coluna A idade cerebral tem relação com a enxaqueca crônica? Estudo indica que sim

A idade cerebral tem relação com a enxaqueca crônica? Estudo indica que sim

Estudo usou software de aprendizado de máquina para identificar idade biológica por meio de exames de neuroimagem

por Redação CPAH

Por Dr. Bruno Burjaili.

A enxaqueca crônica é um problema que atinge milhões de pessoas em todo o mundo, afetando a sua saúde e qualidade de vida, mas apesar disso, ainda existem alguns pontos sobre a condição que ainda exigem pesquisas mais aprofundadas.

Um novo estudo publicado na revista científica Journal of Headache Pain realizada por um grupo de pesquisadores da Espanha ajuda a entender melhor a correlação entre idade cerebral e enxaqueca crônica.

O estudo foi realizado por meio de dados obtidos através de um software de aprendizado de máquina que foi treinado pelos cientistas, com mais de 2 mil exames de ressonância magnética, para identificar a idade biológica do cérebro do paciente com base em uma série de características para traçar um paralelo entre ela e a incidência de dores de cabeça crônicas.

Os resultados da pesquisa concluíram que características da imagem cerebral que foram associadas à enxaqueca também eram impulsionadores de diferenças na idade cerebral.

O estudo ajuda a mudar a forma como a enxaqueca crônica é vista?

De acordo com o neurocirurgião especialista em dores de cabeça crônicas, Dr. Bruno Burjaili, o estudo não deve trazer grandes alterações em exames clínicos por hora, mas com a realização de mais estudos podem ser desenvolvidas novas técnicas de tratamento para pacientes com a condição.

Nenhuma conclusão pode ser retirada para uso clínico dessa ideia na prática, porém, o que o estudo demonstra é que o mecanismo de Inteligência Artificial que tenta prever a idade do paciente baseado apenas em imagens cerebrais da sua Ressonância Magnética interpreta que pessoas com enxaqueca crônica teriam um cérebro um pouco mais envelhecido. Mais estudos deverão ser feitos nessa linha de pensamento para confirmarmos essa hipótese e, quem sabe, impactar a vida de nossos pacientes no futuro”, afirma Dr. Bruno Burjaili.

Sobre o Dr. Bruno Burjaili

Neurocirurgião funcional especialista em Parkinson

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