Autor: Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues
O autismo é uma condição tão complexa e variável que é necessário englobá-la em todo um espectro de condições para tentar entendê-la. Mas apesar disso, cada vez mais a ciência tem compreendido melhor como ele ocorre e afeta os indivíduos, por isso, os métodos de diagnóstico e sinais de alerta puderam ser melhor delimitados.
Dentre as diversas características que podem ajudar na identificação de um indivíduo com autismo, estão as mais tradicionais como hipersensibilidade a ruídos, dificuldade de comunicação, repetição de palavras, entre outras. Mas para um diagnóstico mais preciso e confiável, também existem outros parâmetros, ainda pouco conhecidos do público geral, que também podem alertar para a condição: Os traços faciais.
Os traços faciais podem variar bastante de pessoa para pessoa, mas, em geral, podemos ter um certo padrão, algo que pode apresentar algumas diferenças em pessoas com autismo.
Determinados recursos faciais permitem ter um direcionamento para o autismo, como um filtro mais curto que a média de pessoas neurotípicas – região localizada entre o nariz e lábio superior, face superior, olhos e boca mais largos. Apesar de oferecerem um parâmetro a mais para o diagnóstico de autismo, esses traços não podem ser usados como única fonte de análise.
Mas afinal, por que pessoas com autismo têm diferenças estruturais na face? Qual a relação dessas características, como os seus comportamentos? Uma das teorias mais fortes para responder a essas perguntas baseia-se no desenvolvimento do feto durante a gestação.
Durante a gestação, o desenvolvimento do cérebro e da face ocorre ao mesmo tempo, em um processo com fortes interações, o que pode fazer com que alterações no cérebro também influenciem a face. No entanto, a genética também pode ter um importante papel nesse processo, pois estudos já identificaram genes relacionados ao autismo que também impactam o desenvolvimento craniofacial, gerando mais uma conexão entre o desenvolvimento dos dois.
Com isso, já se pode ter uma boa noção das razões e das consequências desse tipo de alteração na estrutura facial de pessoas com autismo, mas ainda são necessárias mais informações sobre como esse processo ocorre e a relação entre o autismo e características faciais, ajudando a compreender cada vez mais o transtorno.
Sobre o autor do estudo: Dr. Fabiano de Abreu Agrela Pós PhD em Neurociências e biólogo membro das principais sociedades científicas como SFN – Society for Neuroscience nos Estados Unidos, Sigma XI, sociedade científica onde os membros precisam ser convidados com mais de 200 prémios Nobel e a RSB – Royal Society of Biology, maior sociedade de biologia sediada no Reuno Unido. É membro de 10 sociedades de alto QI, entre elas a Mensa, Intertel, ISPE, Triple Nine Society, coordenador Intertel Brazil, diretor internacional da IIS Society e presidente da ISI e ePiq Society, todas sociedades restritas para pessoas com alto QI comprovados em testes supervisionados. Criou o primeiro relatório genético que estima a pontuação de QI através de teste de DNA e o projeto GIP – Genetic Intelligence Project com estudos genéticos e psicológicos sobre alto QI com voluntários. Autor de mais de 50 estudos sobre inteligência, foi voluntário em testes de QI supervisionado, testes genéticos de inteligência e estudo de neuroimagem já que atingiu a pontuação máxima em mais de um teste de QI em mais de um país.